sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Então li "A Senhora da Magia", primeiro livro da série "As Brumas de Avalon"

Já faz alguns bons dias que eu terminei de ler esse livro, e só agora estou dando uma passada rápida por aqui. Na verdade, não tenho muito o que falar desse livro, porque é apenas o primeiro de quatro, afinal das contas.
Para quem não sabe, "As Brumas de Avalon" é uma série de livros inspirada na história do lendário Rei Artur, escrita pela já falecida escritora americana Marion Zimmer Bradley. Só que esses livrinhos tem um diferencial: o foco narrativo não está no próprio Artur, mas nas personagens femininas que fazem parte da história. Nesse primeiro livro temos, mais ou menos, contadas as histórias da mãe de Artur, Igraine, de sua irmã Morgana e sua tia, a Grande Sacerdotisa de Avalon, Viviane. Claro que o livro falará muitos dos outros personagens, mas o foco narrativo sempre estará nos pensamentos, na maior parte do tempo, dessas personagens citadas.

Recomendo: para você que gosta muito de histórias de cavalaria, feitiçaria mais antiga (nada a ver com Harry Potter e afins), e de lendas do que hoje podemos chamar de Grã-Bretanha é um prato cheio.

Não recomendo: pode parecer meio bobo, mas se você se ofende com qualquer coisa que fale mal do cristianismo, talvez não seja tão recomendado, porque em várias partes temos críticas ferrenhas ao modo que o cristianismo conduzia os homens da época, levando-os a travar inúmeras guerras e etc.

Bom, como eu disse, não tenho muitas opiniões porque estou no começo da série. Ela não chamou minha atenção de forma marcante, mas eu fiquei interessado em saber como essa história vai desenrolar-se (principalmente por aquele final devido aos acontecimentos finais).

Bom é isso aí. Depois volto para contar como foi a leitura do segundo volume, que espero que eu consiga pegar pra ler logo.

PS: caso (se alguém lê o que eu escrevo haha) você se interesse pelos livros, dê uma olhada no site do Submarino, que está com uma promoção ótima desses livros, vendendo os quatro por menos de R$ 40,00. Minha edição é igual a essa, veio tudo inteirinho, mas algumas partes da impressão vieram meio falhadas, mas nada que prejudique a leitura.

Tchau! :)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Então eu li "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector.

Bom, eu li Clarice Lispector pela primeira vez na vida, e como eu poderia defini-la? Acho que nenhum adjetivo faz jus à autora, mas em uma palavra: GENIAL! Sim, Clarice Lispector é genial. Eu resolvi começar pelo “A Hora da Estrela” que é o livro que todos conhecem, e não me arrependi da escolha.

Inicialmente (devo confessar), eu achei o livro chato e monótono, com um narrador (que eu acho que posso chamar de onisciente) que trata dos seus próprios dramas pessoais juntamente com os da protagonista, que a princípio não tem nome e é tratada como uma caricatura geral de uma típica retirante nordestina que veio para o Sudeste do Brasil. Mas como o livro tem apenas 87 páginas pensei: “Bora parar de preguiça, e ler esse treco, porque deve ser bom”. E realmente é. A partir de uma certa parte, o narrador, que se autodenomina Rodrigo S. M., começa a contar a história de uma alagoana de nome Macabéa, que passa por cada uma que eu não sabia se ria ou se chorava. Sinto muito dizer, mas eu acabava rindo inevitavelmente. Todavia, o cerne do texto da autora, pra mim, situava-se longe dos fatos cotidianos da personagem, mas no fato da protagonista não ter ideia da sua própria existência, determinado, basicamente, pela sua quase incapacidade pensar; ou seja, Macabéa não dava conta de si mesma. Para a personagem, as coisas que lhe acontecem ou o próprio estado de sua vida era como “natural”, sua vida era desse jeito porque era desse jeito, fim de papo. É um certo baque pensar que isso ainda é recorrente, as pessoas continuam não tendo oportunidades na vida, mas o pior é o simples existir que nos é apresentado por Clarice: a pessoa simplesmente existe, mas não tem consciência do que é o mundo e do por que é assim; e isso tudo leva a incapacidade de buscar um vida melhor.

Durante a história, o narrador vai fazendo um paralelo entre ele e a personagem, mostrando suas semelhanças que não são poucas, e não apenas entre os dois, mas entre todos. Uma passagem sobre isso, que eu achei muito boa: “(...) Se há veracidade nela – e é claro que a história é verdadeira embora inventada – que cada um reconheça em si mesmo porque todos nós somos um e quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa do que ouro – existe a quem falte o delicado essencial”. Essa parte está bem no início do texto e foi aqui que ela começou a me ganhar, porque ninguém que fala que todos são iguais e incompletos, e um pouco acorrentados à própria sorte, pode ser qualquer, e Clarice é tudo, menos qualquer e mediana. Todos temos um pouco de Macabéa, e acho difícil alguém que consiga dizer com veemente convicção “Eu sei quem eu sou, e o motivo da minha existência”.

A abordagem modernista da autora tornou, como eu já disse, a leitura um pouco mais difícil no início, mas depois que você sai da zona de conforto, tudo segue tranquilamente. Vale muito a pena ler esse livro, que é uma obra-prima da literatura brasileira (na minha opinião).

Bom, acho que é isso. Espero que eu tenha compartilhado algo que valha a pena, e é isso. Até mais. ;)


PS: eu esqueci de mencionar isso, mas eu não sou especializado em literatura (muito pelo contrário, estudo Economia), e comecei esse blog com o intuito de ler e guardar as minhas opiniões sobre os livros. Ou seja, aqui você não vai achar uma opinião imparcial e de gabarito. Apenas alguém que gosta de ler, e quer compartilhar ideias.

PS.2: Eu não sou escritor, então provavelmente, algo pode ficar nebuloso no meio da minha escrita. Assim, desculpem-me desde já.

domingo, 1 de setembro de 2013

Então, bora lá!

Olá! (a quem quer que esteja disposto a ler o que escrevo rs).

Estou começando este blog para escrever sobre os livros que eu leio, os filmes que assisto etc. Essas pequenas bobagens que a maioria faz, mas espero que a minha perspectiva das coisas seja de alguma valia para alguém.

Bom, por enquanto, that's all.

Até mais.